Como criar e compartilhar conhecimento nas organizações: o modelo de Nonaka e Takeuchi

Olá, leitor! Neste post, eu vou te explicar o que é o modelo de conhecimento organizacional de Nonaka e Takeuchi, um dos mais famosos e influentes na área de gestão do conhecimento. Se você quer saber como as organizações podem criar e compartilhar conhecimento de forma eficiente e inovadora, continue lendo!


O modelo de Nonaka e Takeuchi foi proposto em 1995 pelos pesquisadores japoneses Ikujiro Nonaka e Hirotaka Takeuchi, que estudaram como as empresas japonesas conseguiam se destacar no mercado global por meio da criação de conhecimento. Eles perceberam que o conhecimento nas organizações é formado por dois tipos: o conhecimento tácito e o conhecimento explícito.

O conhecimento tácito é aquele que está na mente das pessoas, baseado em suas experiências, valores, intuições e habilidades. É um conhecimento subjetivo, difícil de ser expresso em palavras ou números. É o chamado “saber fazer”. Por exemplo, saber dirigir um carro, cozinhar uma receita ou tocar um instrumento são formas de conhecimento tácito.

O conhecimento explícito é aquele que pode ser codificado em linguagem formal, como textos, gráficos, equações, manuais, normas etc. É um conhecimento objetivo, fácil de ser transmitido e armazenado. É o chamado “saber que”. Por exemplo, saber a lei da gravidade, a fórmula da água ou as regras do futebol são formas de conhecimento explícito.

Nonaka e Takeuchi afirmam que o conhecimento é criado pela interação entre esses dois tipos de conhecimento, em um processo dinâmico e contínuo. Eles identificaram quatro modos de conversão do conhecimento: socialização, externalização, combinação e internalização. Esses modos formam uma espiral do conhecimento, que representa a criação de conhecimento nas organizações.

Modelo SECI
Nonaka & Takeuchi (1997)
(Rosanna Rossi (2014), CC BY-SA 3.0, via Wikimedia Commons)

A socialização é o processo de compartilhar e criar conhecimento tácito entre as pessoas, por meio da experiência direta, da observação, da imitação ou do diálogo. É quando as pessoas aprendem umas com as outras, trocando ideias, sentimentos e percepções. Por exemplo, quando um funcionário novato aprende com um veterano como lidar com os clientes ou como usar uma máquina.

A externalização é o processo de transformar o conhecimento tácito em explícito, por meio da articulação, da reflexão ou da abstração. É quando as pessoas expressam o que sabem em forma de conceitos, metáforas, analogias ou modelos. Por exemplo, quando um engenheiro explica a lógica por trás de um projeto ou quando um artista cria uma obra inspirada em suas emoções.

A combinação é o processo de integrar e sistematizar o conhecimento explícito proveniente de diferentes fontes, por meio da classificação, da organização ou da análise. É quando as pessoas usam ferramentas como computadores, bancos de dados ou redes para manipular e disseminar o conhecimento. Por exemplo, quando um analista elabora um relatório com dados coletados de vários departamentos ou quando um professor prepara uma aula com base em diversos livros.

A internalização é o processo de assimilar e incorporar o conhecimento explícito ao tácito, por meio da aprendizagem, da prática ou da experimentação. É quando as pessoas aplicam o que sabem na ação e no contexto específico. Por exemplo, quando um estudante resolve um exercício usando uma fórmula ou quando um médico realiza uma cirurgia seguindo um protocolo.

Segundo Nonaka e Takeuchi, esses quatro modos de conversão do conhecimento não ocorrem isoladamente, mas se retroalimentam em uma espiral ascendente. Ou seja, cada ciclo de conversão gera um novo nível de conhecimento, que pode ser compartilhado e ampliado em novos ciclos. Assim, o conhecimento nas organizações se expande continuamente.

Sumarização:
O texto apresenta o modelo de Nonaka e Takeuchi, que mostra como o conhecimento é criado e compartilhado nas organizações pela interação entre o conhecimento tácito e o explícito. O conhecimento tácito é subjetivo e vem da experiência das pessoas. O conhecimento explícito é objetivo e pode ser documentado e transmitido. O modelo propõe quatro processos de conversão de conhecimento: socialização, externalização, combinação e internalização, que formam uma espiral dinâmica. O modelo se inspira na cultura oriental, que valoriza o conhecimento tácito como fonte de inovação e competitividade.

E aí, gostou do modelo de Nonaka e Takeuchi? Você já vivenciou algum desses processos na sua organização? Compartilhe a sua opinião nos comentários! E não se esqueça de curtir e compartilhar esse post com os seus amigos! Até a próxima!

Referência:
Nonaka, I. & Takeuchi, H. (1997). Criação de conhecimento na empresa: como as empresas japonesas geram a dinâmica da inovação. Rio de Janeiro: Elsevier.

Como citar este post:
No texto: (Vasquez, 2023)

Em ‘Referências’:
VASQUEZ, JGP. Título do post. In: Conhecimento.org. 28. set. 2023. Disponível em: . Acesso em: <data de hoje>.
[Referência cfe. ABNT NBR-6023/2018 v.corr2-24/09/2020]

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